terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fantasmas aterrorizam hóspedes em hotel canadense

DivulgaçãoDivulgação

Funcionários do hotel desconfiam que um espírito chamado Bob seja o responsável pelo terror


Passos são ouvidos corredor, mas ninguém é visto por lá. Portas batem sem que nenhuma pessoa esteja por perto. Televisões, torradeiras e microondas são, misteriosamente, desligados da tomada. Todos esses estranhos acontecimentos ocorrem em um hotel na cidade de Edmonton, no Canadá.

Os hóspedes estão tão assustados que a direção do Howard Johnson Hotel decidiu chamar um especialista para encontrar e expulsar as almas penadas que habitam o local.

Sean Seerey, um tarólogo e consultor de assuntos espirituais, fez um plantão especial no hotel. O místico conversou com funcionários e clientes e relatou mais um estranho acontecimento.

- Era madrugada. Eu estava em um quarto no segundo andar lendo um livro, quando percebi que a temperatura tinha caído misteriosamente. Eu podia ver o ar saindo da minha boca. No entanto, quando abri a janela, percebi que na rua fazia calor.

O hotel tem um passado de histórias sinistras. Nos anos 80, o local abrigava um clube de strip-tease e em dezembro de 1990, uma mulher foi encontrada estrangulada em um dos banheiros.

Segundo Seerey, os acontecimentos do passado podem exercer uma influência no que se passa agora no local.

- Ou os espíritos estão perdidos, ou estão procurando algo ou ainda eles precisam cumprir alguma coisa antes de ir embora.

A gerente do hotel, Debbie Hart, conta que os funcionários mais antigos comentam de um espírito chamado Bob que gosta de fazer pegadinhas nos hóspedes.

- O velho Bob voltou – afirma Hart.

O problema é que os fantasmas não pagam diária e espantam hóspedes mais medrosos.


Fonte >R7

Acontecimentos sobrenaturais fizeram fama de Amityville

Amityville

George sempre acordava as 3h15 da manhã e adquiriu o hábito de ir checar o quintal, Mais tarde, ele descobriria que esta era a hora estimada em que DeFeo cometeu seus crimes
A casa estava sempre infestada por moscas – muitas moscas – mesmo durante a época mais fria do inverno nova-iorquino
Kathleen tinha pesadelos sobre os assassinatos e disse que, por meio deles, era capaz de dizer em que ordem eles aconteceram
Os filhos do casal começaram a dormir de bruços, do mesmo modo em que os corpos das vítimas do massacre foram encontrados
Durante a noite, Kathleen dizia que se sentia abraçada carinhosamente por uma força desconhecida
Kathleen descobriu uma saleta escondida atrás da despensa do porão. A saleta tinha suas paredes pintadas de vermelho e não aparecia na planta da casa. A saleta, que ficou conhecida como “sala vermelha” produzia efeito no cachorro da família, Harry, que ficava todo arrepiado ao se aproximar dela e se recusava a entrar lá
Havia, na casa, áreas onde era possível sentir perfumes e cheiro de excrementos e estas áreas não eram ventiladas e nem havia encanamento de esgoto passando por ali, de modo a explicar as sensações olfativas
Ao tentar acender a lareira, tanto Kathleen quanto George enxergaram a figura de um demônio com metade da cabeça explodida. A imagem estava impressa na ferrugem da parte de trás da lareiraA filha mais nova dos Lutz, Melissa, inventou um amigo imaginário chamado “Jodie”. Ela o descrevia como um demônio com aparência de porco e olhos vermelhos brilhantes
Por várias vezes, George ouviu o som da porta da frente batendo e, ao descer correndo para verificar, encontrava o cachorro dormindo tranquilamente ao pé da porta e ninguém além dele ouvia o barulho, apesar dele ser alto o bastante para acordar todo mundo
George sempre ouvia um barulho que se parecia com estática ou com uma banda afinando seus instrumentos no andar inferior da casa e, quando descia para verificar, o barulho paravaQuando passou a beber no bar Witches Brew passou a ouvir dos frequentadores que ele era igualzinho a Ronald DeFeo, que também costumava ir lá
Em uma ocasião, enquanto verificava o quintal, George viu notou que dois olhos brilhantes o observavam da janela do quarto de Melissa. Ele subiu até lá e não encontrou nada. Melissa disse que era Jodie
Enquanto estava na cama, Kathleen disse que teve a impressão de ter levitado e, depois, apresentou dois vergões no peito
Cadeados, trincos, portas e janelas eram regularmente danificadas por uma força invisível
No dia 1 de janeiro de 1976, apareceram pegadas do que parecia ser um porco enorme, na neve do lado de for a da casa
Um brilho verde foi visto por trás das paredes da sala e pelo buraco da fechadura do porão
Diante dos olhos de George, Kathleen teria se transformado em uma velha de 90 anos, com cabelos desarrumados, pálida como um cadáver. o rosto coberto de rugas e um fio de baba escorrendo da boca desdentada
Um crucifixo que ficava pendurado no armário de Kathleen se remexeu até ficar de ponta cabeça e, logo em seguida, o quarto foi tomado por um cheiro de enxofre

George tropeçou na estátua de leão chinês de 1,2 metro que enfeitava a sala de estar e ficou com marca de uma dentada em um de seus tornozelos

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mortos zumbis na Indonésia

Parace que na Indonésia estão usando Magia Negra para fazer os mortos andarem. O objetivo é levar os corpos para cemitérios com acesso mais difícil.

O morto não devem ser nomeado e depois que ele cai, não levanta novamente... São acompanhados apenas pelo feiticeiro da Magia Negra que vai atrás deles...




FOTO:







Isso é "comum" no Haiti, onde afirmam que o voodoo(Vudu) é capaz de fazer mortos virarem zumbis e servirem aos feiticeiros...

Macabro não é ?


Fonte> Medo B

Produtos assustaadores .

Cortina de Banheiro “Psicose”

Cortina de Banheiro “Psicose” - 1 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)
Nada mais revigorante do que um bom banho, mas imagine topar com uma cortina dessas na próxima vez que você for se lavar? Pouco assustador? Pois saiba que essa cortina de banheiro é eletrônica e toca aquela música assustadora do filme Psicose acompanhada de gritos terríveis ativados por sensores de movimento. Custa US$ 19,90 e pode ser encontrada em http://www.thingsyouneverknew.com

Suporte para rolo de papel higiênico “gritador”

Suporte para rolo de papel higiênico “gritador” - 2 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)
Este inocente suporte para rolo de papel higiênico esconde um segredo: ele produz sons de gemidos, uivos e gritos sempre que alguém puxar um pedacinho de papel. Pode ser seu por US$ 7 em http://www.grimreapers.com/

Caveira USB

Caveira USB - 3 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)
Essa caveira é útil para duas coisas: dar sustos e fornecer portas USB extras. Sai por US$ 24,99 no Think Geek. http://www.thinkgeek.com/

Mão de açougueiro

Mão de açougueiro - 4 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)
Esta apavorante mão de plástico funciona a pilhas e se mexe de verdade! Como ela vem embalada como se fosse carne, é perfeita para ser deixada na geladeira. US$ 19,99 no Fright Catalog. http://www.frightcatalog.com/

Máscaras de solda assustadoras


Máscaras de solda assustadoras - 5 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)
Os adeptos do “faça-você-mesmo” podem arrancar um grito ou outro dos vizinhos com essas máscaras de solda assustadoras.São vários modelos disponíveis a partir de US$ 72,95 na Hoodlum. http://hoodlum-welding.com/hoods.htm

Apontador cabeça de boneca

Apontador cabeça de boneca - 6 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)
Para apontar o lápis com esse apontador você precisa inserir o dito cujo no olho dessa cabeça de boneca. Atrás da cabeça existe um botão que, pressionado, faz com que as rebarbas do lápis saiam pela boca da boneca. Custava US$ 7 mas infelizmente está esgotado.

Barata voadora

Barata voadora - 7 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)
Todo mundo tem medo de baratas. Então, nada mais eficiente para dar um bom susto em alguém do que essa barata voadora controlada por controle remoto. Sai por US$ 59,90 aqui: http://www.japangadgetshop.com/

Capacete caveira

Capacete caveira - 8 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)
Para os motociclistas, um capacete em formato de caveira feito sob medida para assustar os passantes. Disponível no Brasil por R$ 150 no http://produto.mercadolivre.com.br/

Boneca rastejante

Boneca rastejante - 9 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)

Essa boneca é a campeã no quesito assustadora. Desenhada como uma garota morta e com a boca costurada, ela se arrasta lentamente pelo chão. Custa US$ 79,90. http://www.spirithalloween.com/

Corpos falsos


Corpos falsos - 10 (Imagens: reprodução. Todos os direitos reservados)


Por fim, se você estiver disposto a dar um susto de verdade em alguém – e tiver um bom dinheiro para gastar -, a dica são esses corpos falsos feitos sob medida. É possível escolher a cor da pele, dos cabelos e até o grau de decomposição. A partir de US$ 545 aqui: http://www.distefano.com/cfs.htm

Fonte > MSN

Imagem estranha na Suiça .

Uma estranha foto foi flagrada no céu da Suíça.

Alguns fazem piadas, mas já tem até quem diga que seria uma manifestação de Deus...

A foto apareceu em jornais famosos do mundo. Foi descoberta / flagrada pelas camera do google Street View.








Eai o que acham que é ?
O link pra ver no Google Street View

Fonte: Época
Bons Pesadelos...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Museu das mumias

Em 1833 o México passou por uma epidemia de cólera, e devido a fatalidade da doença os corpos eram rapidamente enterrados. Mas naquela época o governo cobrava uma taxa dos parentes para que os corpos permanecessem enterrados, as famílias que não pagavam tinhas seus falecidos desenterrados.

Foi descoberto que muitos desses corpos, na verdade 2% dos desenterrados, foram mumificados naturalmente, então foram guardados em um edifício.
Hoje as múmias são atrações na cidade de Guanajuato, que criou o Museu das múmias.

Mas o museu não é pra qualquer um, tem que ter estômago forte para entrar lá. No desespero da epidemia, alguns corpos chegaram a ser enterrado antes mesmo da pessoa morrer. Pessoas com doenças desconhecidas eram enterradas vivas para não correr risco de contaminar a família! Então muitas múmias tem uma expressão de HORROR na face...
Outra parte desagradável são estantes que tem múmias de bebes e crianças...

Assustador ? Então agora fique com MEDO...

Uma epidemia de Cólera já está fora de controle no Haiti, matou mais de mil pessoas em menos de 1 mês. A ONU prevê que pelo menos 200mil pessoas peguem a doença, isso se a epidemia não contaminar o país inteiro. O medo agora é que a epidemia chegue nos EUA e de lá se espalhe para o mundo...
Fonte: Globo.com



Agora se ainda tem estômago, veja fotos do Museo de las Momias...








Fonte :MedoB
Bons pesadelos

Crânio de 10 mil anos perfurado por bala


Em 1921, o Museu Britânico recebeu um crânio humano achado por trabalhadores que exploravam uma mina de zinco, situada na colina de Broken Hill, no Zambia (antiga Rodesia do Norte).
Os paleontólogos chamaram-no de "Homem de Broken Hill" ou "Homem da Rhodesia".Trata-se de um homem moderno: da raça Cro-Magnon, que viveu há seis ou sete mil anos.
Ele pertence a um indivíduo alto e de idade avançada para a época: uns cinquenta anos de idade. Porém, estudando o crânio perceberam duas coisas: Uma delas aparentemente inexplicável, aquele homem, que havia vivido a milhares de anos atrás, tinha sofrido de una enfermidade dental.
E a segunda, mais inexplicável ainda, no lado esquerdo da caveira havia um buraco redondo de bordo plano. A limpeza da ferida sugere que foi causada por um projetil em alta velocidade, como uma bala.
No outro lado a caveira está destruida como por ação do projetil ao sair do crânio.
Segundo o professor Mair, de Berlín, pareciam buracos de entrada e saída exatamente iguais aos que deixaria uma bala moderna.
Porém, este objeto enigmático não é único.
Existe a caveira de um uro (tipo de bisonte extinto) que foi encontrado próximo do Rio Liena, na URSS
Ela apresenta um buraco perfeitamente redondo e polido, parecido uma ferida de bala. O uro viveu ainda muitos anos depois de ser ferido.
Estas caveiras sugerem a surpreendente possibilidade de que há muitos milênios a agressividade humana já teva à sua disposição instrumentos mais sofisticados do que simples flechas de sílex...
Fonte > Medo B
Bons Pesadelos

Doces ou travessuras



Valéria desceu do carro e em seguida abriu o porta-malas que estava lotado com muitas sacolas. Naquele ano a sua casa seria a mais bonita da rua, havia escolhido a dedo os enfeites de Halloween que colocaria por todo lugar.
Ao abrir a porta foi recebida por Manolo, seu cachorro que sempre parecia estar sorrindo para ela.
O sol já ia se pondo e aquela cena a deixava nostálgica. Saboreando seu café ela olhava pela janela e se recordava dos tempos em que vivia no Brasil e no fundo ela sentia muita falta do calor do povo brasileiro. Fazia cinco anos que ela vivia na Califórnia devido seu trabalho, a chance da sua vida.
Após terminar a faculdade seu chefe a chamou e disse a ela que havia um cargo a ser ocupado no exterior e como ela ainda era estagiaria perguntou seu interesse para se tornar efetiva na empresa. Ela não pensou duas vezes em acertar os detalhes e aceitar a proposta que ele havia feito.
No inicio foi difícil a adaptação, mas como o tempo cura tudo, com ela não foi diferente. Fez amigos, conheceu lugares se deu muito bem na sua profissão, tudo era realmente perfeito.
Nas noites frias ela sentia falta de uma pessoa para conversar, mas desistiu do amor depois da ultima decepção que teve com um namorado que a trocou por uma japonesa.

Fez um carinho no cachorro e começou a desempacotar as coisas, precisava se mexer e começar a arrumação faltava somente dois dias para o Halloween.
Eram altas horas da noite quando Valéria terminou de colocar o ultimo enfeite de abobora na sacada da varanda.
- Ficou muito bonito – disse Senhora Leonora ao se aproximar.
- Que bom que a Senhora gostou!!! – disse Valéria alegrando-se com o elogio.

Senhora Leonora era uma das vizinhas de Valéria. Tinha aproximadamente sessenta anos e era casada com Senhor Juan da mesma idade.
Leonora adorava aquele lugar, jamais se arrependera de ter fugido do México com seu marido para viver aquele grande amor que durará até hoje. Trabalhou a vida inteira em casa de família assim como Juan que dedicou a sua vida deixando os jardins dos americanos mais bonitos.
Agora aposentados, passavam a vida viajando e conhecendo lugares novos, mas quando estão em casa gostavam de passear pela vizinhança e saber sempre das boas novas.
Valéria adorava quando eles a convidavam para jantar, Dona Leonora tinha uma mão maravilhosa para a comida, principalmente comida mexicana.
Nunca tiveram filhos por uma doença que Leonora contraiu quando nova tirando a possibilidade de ela ter bebes.
Deveria ser por isso que Valeria se sentia tão protegida quando estava com eles, sempre a trataram com muito carinho e por onde eles passavam sempre traziam uma lembrança para ela.

Havia também o Senhor Johnson, um velho rabugento que morava na casa em frente. Sempre quando Valéria o via limpando o jardim se aproximava e começava a falar. Ele nunca respondia, era como se fosse mudo, mas Valeria sabia que aquela atenção que ela o dava lhe fazia bem. Ele era um senhor muito solitário, diziam os outros vizinhos mais antigos que nem sempre as coisas foram assim e que ele se tornou triste desde que sua mulher e seu filho morreram em um acidente de carro. Desde aquela data nunca mais ele foi o mesmo.

Quando chegava o Halloween às crianças viviam apostando em quem tinha coragem de bater na porta do Senhor Johnson.
Todos sabiam que ele odiava essa data. Odiava quando as crianças batiam em sua porta, odiava toda essa harmonia que plainava pela cidade.

Valéria se divertia muito com isso, a raiva do Senhor Johnson a divertia por dias. Mas no fundo ela sentia que ele era um homem bom. Apenas era solitário.

Trocou mais algumas palavras com Leonora e logo ela se foi. Do outro lado da rua ela viu que os filhos dos Winchester estavam conversando sobre algo que ela não conseguia compreender. Ao se aproximar viu que havia alguém que ela não conhecia.
- Oi crianças, como estão?
- Estamos bem – disse Lilian se aproximando e abraçando Valéria.
- O que estão fazendo a essa hora na rua?Já passam das dez e meia da noite sabiam?
- Minha mãe deixou a gente brincar até mais tarde hoje, sabe como é eles estão com visitas não querem que atrapalhem a conversa dos adultos. – Disse Hiago irmão de Lilian
- Já conhece nossa nova amiga Valéria? – perguntou Lilian – Essa é Glória, ela é filha dos amigos do meu pai que estão jantando lá em casa hoje, ela vai passar alguns dias conosco por que seus pais vão viajar para fechar um grande negócio na China.
- Shiii cala a boca Lilian, o papai disse que não é para ficarmos falando das coisas que se conversam dentro de casa aqui na rua. – disse Hiago.
Valéria riu.
-Não se preocupem crianças, eu prometo guardar segredo – disse ela dando uma piscadela.
Aproximou-se de Glória, uma linda menina de cabelos e olhos castanhos.
- Oi Glória, seja muito bem vinda ao nosso bairro – disse Valeria toda atenciosa.
A menina indiferente não lhe deu atenção. Virou as costas e correu para a casa. Valeria ficou meio sem jeito.
- Acho que não agradei – disse ela para as crianças.
- Não se preocupe Valéria, ela é assim mesmo.
Valéria deu um beijo nas crianças e aconselhou que fossem pra casa, era muito tarde para estarem ali.
Caminhou de volta para seu jardim e percebeu que Sr. Johnson observava pela janela. Ela para provocar acenou com a mão apontou para a casa e como se estivesse perguntando se estava bom fez um sinal de positivo com o polegar.
Ele enraivecido fechou a cortina bruscamente.
Valéria sorriu e não demorou para entrar,já era tarde,hora de dormir.
Valéria acordou cedo tomou seu café e seguiu para o trabalho que naquele dia estava muito pesado. O assunto do intervalo do café eram as comemorações do dia das bruxas, todos comentavam como suas casas estavam enfeitadas ou sobre a fantasia que haviam comprados para seus filhos. Eram nesses momentos que Valéria de sentia meio isolada, tinha vinte e sete anos e quando pensou em se casar foi traída. Foi uma das piores decepções da sua vida por que em sua cabeça ela estava vivendo um verdadeiro conto de fadas.
Estava viajando em seus pensamentos quando sentiu alguém puxar seu braço. Era Gustavo, um Argentino que trabalhava no mesmo setor que ela.
Haviam começado a trabalhar juntos na mesma época e se tornaram grandes amigos. Apesar que Gustavo não cansava de repetir o quanto a queria como namorada. Mas não, ela não tinha mais esperanças no amor, mas o considerava um bom amigo.
- Perdida no assunto Valéria?Não me diga que esta contando a eles sobre a fantasia que comprou para pedir os doces amanhã? – disse ele sorrindo.
- Faça meu favor Gustavo – respondeu ela dando um leve tapa em seu ombro.
- O que esta pensando em fazer amanhã à noite? – perguntou ele.
- Nada em especial. Comprei uns doces e meus planos são ficar em casa escolhendo se vou querer as travessuras. Sabe como é fazendo a alegria da criançada.
- Estava pensando em comprar umas bobagens pra gente comer e alugar uns filmes de terror para levarmos uns sustos. Poderia ser na sua casa mesmo.
- Claro Gustavo, eu aceito sim, não vou fazer nada mesmo. Podemos sair daqui depois do expediente e já passamos na locadora, por que você é um desastre para escolher filmes de terror.
- Ui como você é chata – disse ele.
- Blé.
Despediu-se e voltaram a trabalhar. Aquele dia realmente foi muito pesado e o volume de trabalho foi tão intenso que Valéria decidiu ficar trabalhando até mais tarde.
A coisa que mais gostava era ficar sozinha no escritório. Sem aquele monte de gente falando, sem telefones tocando, sua capacidade de concentração era completa. Apesar que naquele dia não tinha despertado muito bem e por isso talvez o dia tenha rendido pouco. Havia acordado a noite toda devido a pesadelos que ela teve com a menina a qual foi apresentada. Glória tinha deixado Valéria intrigada, por que será que a menina não tinha ido com a sua cara?Ela era sempre tão atenciosa com as crianças e aquela foi a primeira vez que uma delas havia rejeitado a ela.
Eram nove da noite quando Valéria definitivamente decidiu parar com o trabalho. Boa parte já havia sido adiantada.
Saiu do prédio e passou em um restaurante para pegar a comida japonesa que havia encomendado. Arrependeu-se de ter deixado o carro na revisão naquele dia, não tinha coragem de pegar um ônibus, iria demorar muito, andou duas quadras e pegou um taxi. Pediu ao motorista para deixá-la na esquina. Adorava caminhar no breu da noite.
Contando os passos notou que a rua estava mais enfeitada que no dia anterior, monstros, aboboras e bruxas, tudo muito lindo. Mas enquanto caminhava notou uma movimentação estranha no jardim dos winchester. Entre os arbustos algo se mexia. Sentiu uma pontinha de medo e não sabia por que. Foi aproximando-se lentamente até que se deparou com aquela cena horrível. Glória com uma faca de cozinha na mão destrinchava Pety a cadelinha poodle da família.
- Que diabos você esta fazendo? – perguntou Valéria assustada.
A cadela estava de barriga pra cima com uma abertura do peito até os genitais, suas entranhas estavam para fora, nas mãos da menina.
Glória ao olhar Valéria arregalou os olhos e saiu correndo.
Valéria estava assustadíssima. Precisava imediatamente avisar os Winchester.
Carine Winchester abriu a porta assustada. Valéria estava tão nervosa que não percebeu a violência com a qual batia.
- Aconteceu alguma coisa Valéria?
- Aconteceu sim Carine, a sua cachorrinha...
- Estou escutando – disse Carine
- Então ela esta morta.
Carine arregalou os olhos.
- Como?
- Isso mesmo, eu estava voltando do trabalho, caminhando pela rua quando vi uma movimentação nos arbustos do seu jardim.
Carine era muito apegada aos animais e assim que recebeu a noticia seguiu para o jardim, não demorou muito para se deparar com a cena e começar a chorar. Seu marido que acompanhava tudo da janela viu a tristeza da esposa e veio ampará-la.
- Você viu quem fez isso Valéria? – perguntou ele
- Eu vi sim senhora – disse Valéria sem jeito.
- Então? – perguntou Carine.
- Foi a Glória!
- Como disse? – assustou-se Leandro
- Isso mesmo que o senhor ouviu, quando me aproximei ela estava com a faca e as entranhas do animal nas mãos.
Os dois correram pra dentro da casa atrás da menina, Valéria foi atrás.
Ao chegarem no quarto para o espanto de Valeria a menina estava dormindo tão profundamente como se nunca tivesse despertado no meio daquela noite.
Carine balançou Glória e ela acordou. Leandro não acendeu a luz para não acordar as outras crianças.
Sentaram-se os quatro na sala de estar e Carine começou a questionar Glória. A menina negou toda a história.Afirmou aos donos da casa que não havia acordado naquela noite e que desde a hora do jantar não tinha visto mais a cadelinha.
Valéria achou um absurdo a menina estar mentindo, pois ela tinha visto que Gloria havia sim matado a cachorra.
Ficaram conversando por alguns minutos até que a menina começou a chorar e chamar pelos pais que estavam viajando. Leandro comovido com a cena mandou que parassem com aquele questionamento,que a cachorra estava morta e que Valéria poderia ter se enganado com alguma outra criança.
Valéria tentou se defender e a afirmar que tinha sim visto a menina, mas os winchester não queriam mais saber daquela conversa e pediram educadamente que aquele assunto encerrasse.
Valeria morrendo de raiva despediu-se e se foi.
Ao chegar na frente da sua casa notou que Sr.Jhonson estava acordado olhando pela janela.
Estava com tanta raiva que naquele dia decidiu não fazer nenhuma brincadeira. Entrou e bateu a porta com força.
Sentou-se no sofá e pegou o telefone, ligou para Gustavo, precisava desabafar. Contou tudo ao amigo que notou que Valeria chorava.
- Calma mulher, isso foi só uma travessura de criança.
- Um travessura de criança?Ela abriu a cadela de ponta-a-ponta Gustavo, isso não é travessura de criança, isso é maldade de um demônio.
- Olha, não fica assim, toma um banho, faz uma refeição leve e vai pra cama, você precisa descansar amanhã a gente conversa mais sobre esse assunto ok?
- Esta bem, você tem razão, um beijo.
- Hei, mais uma coisa...
- Sim, pode falar.
- Eu sei que você não quer saber de mim,mais eu te amo,conta comigo sempre tá?
- Obrigado por seu carinho...
- Não é carinho, é amor!
Sem jeito ela desligou. Gustavo sabia que mexia com ela,mas Valeria estava irredutível.

Foi até o banheiro, ligou o chuveiro e se despiu. A água quente a fez relaxar.Passado uns quinze minutos ela desligou e ao abrir a cortina deu um salto do susto que levou ao ver quem estava ali.
- Glória, o que faz aqui? – perguntou ela a menina.
- Vim ver se você estava bem depois do vexame que passou ao me delatar, não pensou que eles acreditariam em você, pensou? – disse gargalhando
- Ora, seu demônio!!! – disse enraivecida
Quando foi sair da banheira para pegar a garota, Valéria enroscou o pé na cortina e caiu violentamente no chão desmaiando em seguida.
Já estava amanhecendo quando Valéria acordou com as lambidas do seu cachorro.
Sua cabeça doía, e havia um pouco de sangue pelo chão. Levantou-se lentamente e caminhou pela casa,checou as portas e elas estavam trancadas.
A menina não havia estado ali?Tinha sido uma ilusão?Ela não sabia, e mesmo que tivesse certeza não poderia provar jamais se arriscaria a passar novamente por aquela situação vexamosa.
Fez um café e saiu no quintal, Sr. Jhonson estava no jardim arrancando o capim do meio das flores. Olhou para o jardim dos Winchester e o cachorro não estava mais lá,Glória estava na janela olhando para Valéria.
Valéria atravessou a rua e foi conversar com seu vizinho.

- Eu passei uma vergonha ontem Sr.Jhonson.
Silêncio.
- O Sr.acredita que eu vi a Glória, sabe a hóspede dos winchester, matando a mascote da casa e contei a eles, mas não tive crédito?!
Silêncio.
No final de tudo, de ver a cena da cadela morta, da minha declaração, eles decidiram acreditar em uma menina de sete anos... Eles não disseram nada,mas não precisou,estava na cara que acharam um exagero eu insistir na confirmação da culpa da garota.
Silêncio.
- O senhor acha que eu posso ter me enganado mesmo?Acha que poderia ter sido outra criança?
Silêncio.
- Já imaginei – disse decepcionada.
- Um ótimo dia para o Senhor. – virou as costas e partiu.
- Os demônios.... – disse Sr.Jhonson
Valéria assustou-se e virou imediatamente para ele. Nunca tinha escutado a voz daquele senhor.
- Os demônios são tão poderosos que podem se esconder em qualquer forma de vida, e são muito mais perigosos quando se apoderam de almas puras como as das crianças.
Valéria estava assombrada. Ele nunca tinha falado com ela e quando decidiu abrir a boca ele manda uma frase poderosa como aquela.Ela nem sequer teve tempo de retribuir o comentário por que ele disse aquilo e se retirou rapidamente.

Quando se deu conta já estava atrasada, vestiu-se pegou um taxi e foi buscar seu carro na revisão.
Era Halloween.
Enquanto Valéria dirigia para o trabalho olhava as outras casas que diferente dos anos anteriores estavam todas com as janelas fechadas. Normalmente o Halloween era uma data comemorada com muita alegria e as crianças acordavam cedo ansiosas esperando pela hora de vestir sua fantasia e sair pedindo doces.
Parecia que estava dirigindo por uma cidade fantasma.
Parou no semáforo e a olhar pela janela do carro avistou um mendigo sentado próximo a uma lanchonete, ele segurava uma placa onde estava escrito a frase:
“E naquele dia o demônio desceu a Terra e levou a alma daqueles que tentaram impedir a sua caminhada...”
- Que Horror! – disse Valéria.
O semáforo abriu e ela acelerou o carro distraída e quando olhou para frente viu uma criança fantasiada. Assustada freou o carro bruscamente.
- Ai meu Deus, será que eu bati nela?
Desceu do carro, mas para sua surpresa não havia Ninguém.
- Definitivamente preciso de um cigarro.
- Hei Valéria – acenou Carine Winchester
- Bom Dia Senhora Carine – disse um pouco envergonhada pela situação do dia anterior.
- Valéria, eu e Leandro vamos fazer uma festa para comemorar o Halloween hoje à noite na nossa casa, e bem... Gostaríamos de contar com sua presença.
- Carine, bem, não sei se devo...
- Por favor, Valéria, eu e Leandro fazemos questão, mesmo por que gostaríamos de desfazer o clima que se formou com o episódio da morte de minha cachorra.
- É que eu já tenho um compromisso para hoje à noite...
- Traga o seu compromisso para nossa festa Valéria, por favor, nós insistimos.
- Bem, ok então... A que horas?
- A festa começa às oito da noite. Te esperamos.
- Ok.

Despediram-se e Carine partiu.
Valéria chegou ao trabalho com quase uma hora de atraso. Como todos os dias sua mesa estava com uma pilha de serviço a ser feito.
Faltavam cinco minutos para o meio dia quando Gustavo escutou seu ramal tocar, era Valéria o convidando para almoçar.
- Claro, me espera que saímos juntos. – disse ele desligando em seguida.
No restaurante Valéria tratou de avisar Gustavo que fariam um programa diferente naquela noite.
- Pois é Gustavo, Carine Winchester me convidou para uma festa na casa dela e disse que poderia levá-lo comigo.
- Ótimo!!! Faz tempo que não vou a uma festa de arromba.
- Festa de arromba? – riu – Esta na hora de renovar o vocabulário Gustavo.
- Ble! – brincou ele.
- Então que hora posso chegar à sua casa?
- Vamos sair juntos daqui do trabalho, ai passamos na sua casa você se arruma e depois seguimos para a minha.
- Perfeito.

Eram oito da noite quando Valéria e Gustavo chegaram à casa dos Winchester. A Festa do dia das bruxas iria começar.
Carine os recebeu com um sorriso nos lábios e os encaminhou animadamente para o salão de festas que estava todo decorado. Velas negras, fantasias por todos os lados e comida e bebida a vontade.
Toda sorridente Carine trouxe uma taça de bebida para os dois.
- Valéria, que bom vê-la aqui.
- É um prazer comparecer a sua festa Carine, bem, esse aqui é o meu amigo Gustavo.
- Muito prazer Carine Winchester.
- O prazer é todo meu.
- Bem aproveitem a festa.
- Obrigado - responderam em uníssono.


- Acho que a festa vai ser animada hein, os Winchester não pouparam esforços – disse Gustavo
- E nem dinheiro – respondeu Valéria.
Ao correr os olhos pela casa notou que os pais de Glória estavam presentes, a menina estava toda contente no colo do pai.
- Hei Gustavo, olhe ali, a encapetada.
- Valéria, calma não vamos dar vexame.

Glória deu um beijo em seu pai e um abraço em sua mãe e avisou que iria se juntar com as outras crianças.
No jardim Hiago, Lilian e Camila, amiga de Lilian conversavam sobre os doces que haviam conseguido.
- Oi Glória, quer brincar com a gente? – perguntou Lilian.
- As brincadeiras das crianças da Califórnia são muito bobas – disse a garota.
As outras crianças fizeram cara de espanto.
- E o que você sugere? – perguntou Hiago.
- Hoje é Halloween não é?
Todos concordaram.
- Então nós podemos brincar de Serial Killer – disse Glória.
- Serial Killer?
- Isso Lili... Serial Killer é como se fosse um pega-ladrão, vocês se escondem e eu vou atrás de vocês, e se eu encontrá-los, os mato.
As crianças se entreolharam. Silêncio.Logo em seguida todos gargalharam eufóricos.
- E então, aceitam?

E a brincadeira então começou. Enquanto as crianças procuravam se esconder,Glória foi na cozinha e pegou a faca mais afiada que encontrou.Para ela a diversão começaria naquele momento.
Glória sempre se sentiu diferente das outras crianças, por mais que seus pais fechassem os olhos eles sabiam também que ela não era normal. Por isso conforme o tempo foi passando ela foi tratando de mudar seu comportamento para que eles pensassem que ela só estava passando por uma má fase.
Nunca tinha matado uma pessoa i, mas sabia que seu extinto estava esperando o momento certo.
E aquele momento havia chegado.
Retornou ao jardim e não havia mais ninguém, as crianças haviam se escondido.

Camila estava indecisa do lugar onde deveria se esconder, só restavam duas opções: atrás de um arbusto em um quintal próximo ou no jardim do Sr.Jhonson.
Quando viu que Glória já estava procurando os demais ela meteu-se no jardim do homem mais temido da rua.
Duvido que ela vá ter coragem de me procurar aqui.

Glória caminhava em direção a casa do Sr.Jhonson, viu quando Camila entrou no jardim dele.
- Onde essa bobinha pensa que vai.

Camila espionava por todos os lados, sentia medo. Sr.Jhonson tinha um canil e ela rapidamente entrou dentro dele.Só ouvia o som da sua respiração ofegante.

Não foi difícil para Glória encontrar Camila que ao vê-la soltou um grito e logo depois uma gargalhada.

- Ah!Assim não vale, foi fácil demais – riu Camila. – Hei você leva essas brincadeiras a sério, precisava mesmo pegar uma faca?
- Claro que levo, lembra-se do que eu falei?Se eu encontrar então eu mataria.
Camila sentiu algo estranho no ar.
- Não quero brincar mais, posso passar?
- Não aceitamos desistência neste jogo – disse Glória aproximando-se cada vez mais de Camila.
Quando Glória finalmente iria dar uma facada na menina, Sr.Jhonson aparece e a derruba com uma bofetada.
- Velho Maldito.
Camila fugiu e Jhonson pegou Glória pelos cabelos.
- Não é muito difícil reconhecer a face do demônio em garotas como você.
E assim foi arrastando ela para fora do seu quintal.
Valéria tomava um ponche de uvas enquanto passeava pelo jardim com Gustavo quando presenciou a cena.
Sr.Jhonson! – gritou Valéria.
Gustavo apavorado correu para socorrer Glória.
- Sr.Jhonson o que o Senhoresta fazendo?- Perguntou Valéria – Ela é só uma criança!
- Ela não é uma criança, ela é um demônio, se eu não chego a tempo ela iria matar a Camila.
Valéria e Gustavo se entreolharam.
Glória deu uma mordida na mão do velho e conseguiu escapar.
- Gustavo a gente tem que fazer alguma coisa – disse Valéria.
- Onde estão os pais dessa criatura? – perguntou Jhonson.
- Na festa de Halloween – respondeu Valéria.

Todos estavam rindo, alegres, alguns cantavam ao lado do piano, outros jogavam cartas. Todos estavam descontraídos.
Valéria correu os olhos pelo salão e viu do outro lado os pais de Glória conversando alegremente com os donos da casa.
Os três foram até eles que ficaram assustados quando foram abordados.
- Os senhores são os pais de Glória? – perguntou Valéria.
- Sim – responderam em uníssono.
- Precisamos conversar sobre sua filha – disse Gustavo.

De repente as luzes se apagaram e ouviu-se o burburinho das pessoas que pensavam ser uma surpresa dos Winchester.
- Leandro o que está acontecendo? – perguntou Carine.
- Eu é que te pergunto – respondeu ele.

Carine caminhou entre os convidados desculpando-se sempre do imprevisto. Ao chegar perto da porta notou que ela estava fechada.Tentou forçá-la mas ela estava trancada.

- Mas o que esta acontecendo aqui? – disse Leandro.
Gustavo e Valéria não gostavam nada daquilo. Sr.Jhonson não tinha dúvidas do que estava se passando.
- Ela vai nos matar - disse ele.
- Não diga isso Sr.Jhonson, o senhor me assusta - disse Gustavo.
Gustavo e Valeria aproximaram-se da porta e tentaram abrir, mas em vão.

Uma sensação de calor começou a tomar conta dos convidados da festas, ninguém entendia nada.
- Hei olhem! Fumaça – disse um dos convidados apontando para uma saída de ar condicionado na parede.
- Ai meu Deus!Fogo!Fogo! – gritou alguém.
As pessoas começaram a correr de um lado para o outro no salão causando alvoroço.
Valeria e Gustavo fizeram de tudo para abrir a porta, mais foi em vão. Correram até o Sr.Jhonson e ele estava sentando em um sofá de olhos fechados.
- O que o Senhoresta fazendo?
- Não adianta tentarem, o demônio nos pegou.
- Não diga isso, nos ajude a sair daqui – disse Gustavo tossindo por causa da fumaça.
- Você vê alguma saída?
Valeria e Gustavo se entreolharam. Não havia saída.Já sufocados entrelaçaram os dedos e não demorou muito para as pessoas começarem a perder os sentidos.

Do lado de fora Glória observava tudo. Até que não foi difícil encontrar um pouco de gasolina naquele lugar.De Braços cruzados e um sorriso maroto nos lábios ela observava as labaredas do fogo.
Precisava sair dali. Chamar ajuda para não levantar suspeitas.Caminhando pela rua avistou Hiago e Lilian.
- Hei Glória, nos cansamos de esperar você nos procurar, sinceramente você não é boa nisso – disse Hiago sorrindo.
- Acho que não mesmo – respondeu ela.
- Hiago, meu irmão que fogo é aquele? - disse Lilian.
Os dois correram para tentar fazer algo, mas foi em vão. O Fogo já estava muito alto.Glória pegou o telefone e chamou os bombeiros.
Quando eles chegaram já era tarde demais, ao abrir a porta todos que estavam lá presos haviam morrido.
O cheiro de carne queimada era insuportável.
No carro da ambulância as crianças eram consoladas.

Bruno e Lívia haviam chegado cedo. Estavam ansiosos por aquela visita.Sentaram-se no sofá de couro envelhecido e esperaram.Na mesinha ao lado haviam alguns jornais e revistas antigos.
Bruno pegou o jornal e começou a ler a matéria da capa.
Doce ou Travessura”.Um grande incêndio atingiu a casa da família Winchester ontem por volta das dez horas da noite. Ninguém sabe como o fogo iniciou-se,os bombeiros acreditam ter sido problema na fiação do salão de jogos que a família possuía e onde estava sendo dada uma festa de Halloween.Não houve sobreviventes.A família esta cuidando dos filhos do casal Hiago e Lilian.
Glória, uma hospede da família também perdeu os pais na tragédia, a garota será encaminhada para a adoção caso nenhum familiar se manifeste.


- Pobre Glória - disse Bruno.
Lívia acariciou o rosto do marido.

- Senhores, boa tarde – disse amavelmente Francisca, diretora do orfanato Vida & Esperança.
- Boa Tarde – responderam
- Ela já esta pronta para recebê-los.
- Estamos ansiosos para conhecê-la, será que ela vai gostar de nós? – perguntou Lívia.
- Tenho certeza de que vocês irão adorá-la.

Caminharam por um corredor onde dava em um jardim lindo.

Aproximaram-se e Francisca como sempre se pronunciou.
- Glória, esses são Bruno e Lívia.

A menina de olhos castanhos e coração macabro com um sorriso largo carinhosamente os recebeu...

Fim.
Creditos > Renata .

Diário de Anabelle Corleone

Era de manhã quando recebi a noticia de que teria que mudar , fiquei meio atordoada com isso mas pela situação que Racoon city se encontrava não parecia tão ruim assim, um vírus estava se espalhando pela cidade e não conseguiam conte-lo
então mudar seria a melhor coisa.
Quando terminei de arrumar minhas coisas desci as escadas com minhas malas para colocar no carro e me deparei com a cena mais horrenda da minha vida, havia duas pessoas comendo meus pais, pareciam zumbis daqueles filmes trash, fiquei tão chocada que mal consegui me mover, meus pais estavam ..mortos!
Os zumbis não tinham notado a minha presença então voltei pra dentro de casa e fechei a porta cuidadosamente, comecei a fechar as janelas e trancar as outras portas então sentei no chão e as lágrimas começaram a brotar nos meus olhos não consegui conter o choro, meus pais estavam mortos e eu estava sozinha uma garota de 14 anos sozinha em uma cidade infestada de zumbis, com certeza era o fim.
Havia se passado apenas alguns minutos quando decidi ligar a TV, coloquei no mudo e com legenda não queria fazer barulho algum, não queria chamar a atenção deles. Racoon city estava em alerta
tinha zumbis por toda parte, foi ai quando o repórter foi atacado por um zumbi e o câmera parou de filmar, troquei de canal, queria esquecer um pouco aqui e comecei a ver desenho animado.

Bom, de duas coisas eu estava convicta:
1ª A cidade estava cheia de mortos vivos.
2ª Não tinha pra onde ir!

Quando acordei eram 6 da tarde, devo ter pego no sono assistindo a TV, como alguém poderia dormir com zumbis do lado de fora da casa eu não sei, pelo menos havia descansado um pouco, de repente eu me toquei! Já estava escurecendo e as luzes da casa estavam acessas. Isso com certeza não chamariam a atenção dos zumbis, seria o mesmo que eu gritasse: Hey,mortos-vivos, me comam eu estou aqui!
Rapidamente apaguei as luzes da sala e cozinha e peguei uma lanterna no armário da sala e desliguei a TV.Subi as escadas praticamente me arrastando, entrei no meu quarto e me joguei em cima da cama,quando meu celular começa a tocar
I'm on the highway to hell Highway to hell
Vi o nome no visor, era Brandon,meu namarado então atendi.
- Anabelle?
-Brandon!
-Você ta viva! Onde você esta?
- Em casa, sozinha. - falei com a voz chorosa
- Como assim? Você ta ai nesse inferno? Não saiu da cidade? Sozinha?
-Não conseguimos sair, meus pais estão mortos!
a essa altura mortos-vivos.
-Eu faria tudo pra te salvar, mas quem saiu da cidade está sob observação, não posso sair daqui, e nem você daí.
-Como assim ,EU não posso sair?
- Colocaram a cidade em quarentena , ninguém entra, ninguém sai.Sinto muito, você é praticamente um deles agora, você tem que morrer.
-Mas que...Brandon?
Ele desligou.
Eu estava inconformada com aquilo, meu próprio namorado, não entendo como ele pode fazer isso comigo, não vou pensar mais nisso, tenho mais com que me preocupar, como sobreviver por exemplo.
Depois do choque percebi o quão burra eu fui, não tinha pensado em ligar pra pedir ajuda, então liguei pra toda minha família, alguns choraram, outros não, mas todos diziam sentir muito e que não havia nada há ser feito. Resolvi então ligar para todos que conhecia em Racoon city para saber se havia mais alguém nesse inferno alguém vivo.
Ninguém atendia, estava no 10º da minha lista de contatos quando alguém atendeu.
- Quem é?
- Anabelle, Lorelay, é você?
-Ana! Sim, sou eu, onde você está?
-Em casa, e você?
-Não ia sair da cidade? Estou na escola, um aluno surtou hoje no refeitório, estava infectado, tudo aconteceu muito rápido. Ele atacou a Jéssica e depois o Joseph, então eu corri pra sala 4, estamos em 12 pessoas, não sabemos onde estão o resto, se estão bem, não sabemos quantos zumbis tem lá fora , não podemos sair daqui.
-Isso é horrível, pelo menos não está sozinha que nem eu.
-Não reclame, você pode tomar banho, dormir na sua cama, assistir Tv, comer e não tem nenhum zumbi na sala ao lado.
-Mas tem do lado de fora da casa!
-Desculpe.
-Tudo bem, Lory, quanto de bateria tem no seu celular?
-Três pontos, devem durar no máximo três dias, por quê?
-Vou te ligar amanhã, vou pensar em alguma coisa.
-Tenha cuidado Ana.
-Você também Lory.
Fiquei pensando em todos que conhecia e se todos estariam mortos, não era um pensamento agradável, mas simplesmente me ocorreu, tentei tirar isso da cabeça pensando em como sobreviver.
Ai que estava , eu não sabia como sobreviver, queria ver lory,meus amigos, queria meus pais de volta, queria estrangular o brandon.

Minha cabeça doía , meu estomago roncou, estava com fome, deveras não tinha comido nada o dia inteiro, desci as escadas com a lanterna ligada, estava com medo,fui até a janela e espiei por uma fresta, lá fora havia uns 15 zumbis, e se eles entrassem aqui? Eu estava pirando , ficando com medo. Devia ter colocado tabuas nas portas ou algo que impedisse a passagem deles, mas no momento eu não poderia fazer barulho. Peguei uma bolacha no armário e subi para o meu quarto, aguarando o dia seguinte.
Dormi pouco e muito mal,levantei e peguei me celular para ligar pra Lory, ela atendeu ao terceiro toque:
- Anabelle?
- Sim, lory, como estão as coisa por ai?
- Nada bem Ana, eles estão tentando arrombar a porta da sala, fizemos uma barricada com mesas e cadeiras,mas não sei se vai durar muito tempo, e ai como esta?
- Até agora nada, ollha Lory, tive um idéia, mas não sei se dara certo.
- No que você pensou?
- Em pegar o carro dos meus pais e ir até ai resgatar vocês
- Até que é uma boa idéia , mas não vai caber todo mundo em um carro só, somos 12
- Bem, darei um jeito, vou pensar em algo, irei amanhã,será que a porta aguenta até lá?
- Não sei, mas acho que a gente consegue segurar até lá.
- Então é isso, irei amanhã, até mais Lory
- Até...e se cuida Ana
- Pode deixar.
Eu só podia estar ficando louca,eu não teria capacidade para fazer tal coisa, e sair la fora ... não me agrada, mas eu não vou voltar atrás , eles dependem de mim agora.

Não sei da onde veio essa coragem, mas...bem, agora tenho que planejar direito o que irei fazer ,peguei uma mochila velha, o verde dela já estava desbotado, coloquei 4 lanternas (todas as que tinha em casa), pilhas, barrinhas de cereal,3 garrafinhas de água e uma mapa. Não sabia se tudo daria certo e se não desse estaria meio que preparada, olhei por uma fresta da janela e de repente fiquei incrédula, não havia sinal nenhum de zumbi , estranho, mas mesmo assim eu precisaria estar armada caso um deles apareça.

Simplesmente me ocorreu , e se os zumbis tivessem ido embora, será que tudo acabou? Resolvi ligar a televisão, peguei o controle e nada, nada , a televisão estava fora do ar, todos os canais . Isso era o sinal de que não havia acabado, não ainda.

Era fim de tarde, eu estava comendo salgadinhos e me preparando mentalmente para o que faria amanhã, meu quarto já estava ficando escuro, não tinha medo do escuro, mas sim do que podia haver nele.

Por mais incrivel que pareça durmi bem , parece que meu corpo entendeu que o dia de hoje não será nada facil, estava preparada, não estava com medo, peguei um bastão de baseball e um facão que encontrei em baixo da pia, estava com uma mão na maçaneta da porta com a mochila nas costas, as chaves na outra mão, destranquei a porta, a hora era agora, então abri.

Nao havia nada alem do asfalto e as outras casas , entao resolvi ir o mais rapido possivel .
Quando cheguei a escola nao havia mais 12 pessoas e sim 15 . Achei muito estranho e nao coube todos no carro .
Entao dos 15 apenas 7 couberam no carro , sendo assim alguns terao de esperar .
Deixei-os la em casa e voltei para trazer o resto . Quando voltei so havia uma menina suja de sangue e com um olhar frio .
Entao ela disse:
-Isso e apenas o começo . Todos irao queimar no inferno .
Entao Anabelle chegou a pensar na possibilidade de nao serem zumbis e sim possuidos .
A estranha menina correu em direçao a Anabelle , Anabelle sacou o taco de baseball atingindo a menina em seu rosto , com seu rosto deformado a menina falava frases sem nexo algum , que falavam sobre o apocalipse .
E a menina com seu rosto deformado correu para o unico cemitério que havia em Racoon city .
Anabelle estava tensa , com o taco na mão entrou lentamente no carro e voltou para casa com alguns salvos .
Quando estavam conversando sobre algum plano de sair do '' Inferno '' um recipiente de vidro e arremeçado sobre a porta com um bilhete dentro dizendo : '' Nao sao zumbis , sao demonios por favor me deixe entrar '' . Logo apos Anabelle ler o bilhete escutou um grito e olhou pelo pedaço quebrado na porta , era uma garota sendo atacada pelos '' demonios '' . E o mais interessante quando ela olha para traz seus '' amigos '' estavam com a forma de possuidos e que ela era a unica pessoa viva em Racoon city .
E no final ela virou mais um dos possuidos .
BONS PESADELOS